Monday, September 13, 2004

30a Parábola - A Figueira Estéril

30a Parábola - A Figueira Estéril
E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar. (Lucas 13:6-9) Questões para Reflexão 1) Qual a idéia principal desta parábola? 2) Quem é o dono da vinha? 3) O que é a figueira? 4) O que é o fruto? 5) Quem é o vinhateiro? 6) O que significa escavar e estercar a figueira? 7) O que representa o corte da figueira estéril? Eloci (elocimello@superig.com.br) Acredito que esta parábola nos remete à idéia da pessoa de coração estéril; aquela que passa um encarnação inteira sem progresso algum, sem qualquer esforço para crescer, desperdiçando sua oportunidade. São os surdos e os cegos das coisas de Deus: embora tenham ouvidos saudáveis, não ouvem e olham sem ver, ou seja, não dão frutos. Então, aparece o "vinhateiro" que, mesmo contra todas as possibilidades, tenta salvar essa "figueira estéril" e, muitas vezes, consegue resgatar essa alma seca, outras vezes não... então, não consigo entender muito bem o que seria o "corte da figueira" - seria desistir desse espírito adormecido? Um abraço da Eloci

Sônia (sonjac@terra.com.br)
1) Qual a idéia principal desta parábola?
A parábola mostra que nós temos uma evolução espiritual a ser cumprida nessa encarnação e que se nossa vida está sendo improdutiva estamos gastando momentos preciosos para evoluirmos. No entanto, nem por isso estaremos desamparados, pois através da fé, da vontade, do desejo de mudança, nos é dada uma chance de recuperação do tempo perdido. Todos nascemos ignorantes e temos as mesmas chances de crescimento espiritual.
2) Quem é o dono da vinha?
A vinha é a Vida, é a nossa encarnação, é o momento que nos é oferecido por Deus para evoluirmos espiritualmente.
3) O que é a figueira?
A figueira representa os seres encarnados imperfeitos (nós) e tudo aquilo de que participamos (o lugar onde vivemos, onde trabalhamos, o Centro que freqüentamos, etc.). Estamos aqui na Terra e depende de nós sermos estéreis ou darmos bons frutos.
4) O que é o fruto?
O fruto são as nossas ações do dia-a-dia calcadas na fé em Deus, na necessidade de praticar a caridade e a humildade, seguindo os ensinamentos de Jesus. O modo como somos, como falamos, como agimos, como pensamos determinará o tipo de fruto que daremos.
5) Quem é o vinhateiro?
O vinhateiro poderia ser nosso livre-arbítrio se movimentando em direção à busca de melhoria espiritual; poderia ser um nosso espírito protetor e guia nos intuindo em direção a um rumo que só nos beneficiaria : o rumo do crescimento espiritual através da prática do bem.
6) O que significa escavar e estercar a figueira?
Escavar e estercar a figueira significa vigiar as nossas ações, procurando eliminar o egoísmo, a inércia, a inveja e outros sentimentos inferiores, visando ao aprimoramento individual e coletivo.
7) O que representa o corte da figueira estéril?
Cortar a figueira estéril seria tirar a chance de evolução espiritual a que cada um de nós tem direito, tirar a chance de modificarmos os hábitos, as atitudes em desequilíbrio, em função de se viver mais plenamente voltado para o bem . Beto (gilcv@uol.com.br)
1) Qual a idéia principal desta parábola?
As oportunidades que nosso Pai concede para nos corrigirmos e praticarmos o bem com o finalidade do crescimento espiritual para que tornemos a ser tão perfeitos quando por Ele fomos criados.
2) Quem é o dono da vinha?
Nosso Pai, DEUS.
3) O que é a figueira?
Somos nós, espíritos ainda imperfeitos e ignorantes.
4) O que é o fruto?
São as obras que devemos praticar para conseguirmos a elevação espiritual para que um dias estejamos juntos ao Nosso Senhor, DEUS.
5) Quem é o vinhateiro?
Nosso irmão Jesus que através de seus exemplos de amor e dedicação veio nos ensinar que só através de nossas ações podemos alcançar a perfeição com que fomos criados.
6) O que significa escavar e estercar a figueira? Nossa prática do bem visando a elevação espiritual.
7) O que representa o corte da figueira estéril?
Em nossa vida terrena, temos a oportunidade da prática do bem e do amor ao próximo. Porque somos imperfeitos não conseguimos resgatar nossos erros, todos de uma só vez. Nosso Pai, que nos ama e do qual somos uma partícula, nos oferece oportunidades de recuperação através das várias reencarnações que, por Sua bondade e visando ao nosso aprimoramento, nos concede para que possamos ir aos poucos resgatando nossas dívidas, para que um dia todos nós nos tornemos espíritos puros como quando Ele, por Seu amor a suas criaturas nos criou, perfeitos. Ou seja, oportunidades que Nosso Pai nos concede para que tornemos a Ele com a elevação espiritual com que fomos criados.
Frei Paulus (frei_paulus@yahoo.com.br)
Meus irmãos do Geema, A idéia principal da parábola é a porção do trabalho que nos cumpre realizar para garantir o reino de Deus, como proposto por Jesus, em seu Evangelho. A vinha é a Terra e o dono é Deus, o nosso Pai de amor. A figueira somos nós ou são os dons/talentos que recebemos (riqueza, mediunidade, inteligência, saúde, etc...). Nós estamos na Terra com um objetivo supremo. Recebemos uma determinada missão que visa ao nosso progresso espiritual. Assim, é de se esperar que todas as nossas ações, nossos pensamentos e sentimentos sejam com vistas ao atingimento desse objetivo. Ou em outras palavras, espera-se que toda árvore produza frutos ou, pelo menos, ofereça sombra ao viajante que passa.
Da mesma forma, cada um dos talentos que recebemos veio com um objetivo e, portanto, devemos utilizá-lo em prol do nosso progresso. Se é mediunidade, devemos nos instruir, desenvolvê-la e educá-la para que seus frutos sejam o da ajuda aos irmãos (encarnados e desencarnados) que deles necessitem. Se é riqueza, não podemos nos esquecer daqueles que têm menos do que nós e praticar a caridade na sua mais ampla acepção. Se a nossa figueira é a inteligência, devemos cuidar dela como se fosse uma enxada que recebemos para o trabalho do bem. Aquele que não utiliza a sua inteligência no bem se assemelha ao trabalhador inconseqüente que se senta sobre a sua ferramenta e espera o dia passar. Também a saúde deve ser empregada adequadamente para o nosso crescimento... O fruto da figueira (nossa vida ou nossos talentos) deve estar sempre em relação com o fim precípuo da nossa existência. Gastar os valores maiores em passatempos, em ocupações fúteis, em conversações estéreis, será equivalente a desfazer-se de tesouros conquistados a duras penas.
Quando somos a figueira, o vinhateiro é Jesus, que sempre advoga a favor do nosso crescimento espiritual e roga ao Pai para que nos sejam dadas novas oportunidades. No entanto, no que se refere aos dons e talentos, o vinhateiro seremos nós mesmos. Nós devemos cultivar as faculdades, as circunstâncias favoráveis que recebemos para que elas não nos sejam retiradas. Quem garantirá que a riqueza, a mediunidade, a inteligência ou a saúde serão eternas e irremovíveis? Escavar e estercar a figueira significam, justamente, tornar a nossa vida útil de alguma forma a alguém, isto é, permitir que ela frutifique. Desenvolver os nossos dons e talentos, também em favor do próximo, será cuidar para que a figueira não seja estéril. Quanto a isso, é importante ressaltar que toda ação que visa apenas ao nosso deleite ou desfrute estará beirando o egoísmo, tido claramente como a raiz de todos os vícios. O corte da figueira estéril representa desde a subtração dos dons e talentos utilizados inadequadamente até o exílio dos preguiçosos, sensuais e maldosos em planetas ainda piores que a Terra. Meus irmãos, essas são apenas algumas das interpretações possíveis da parábola.
O nosso crescimento espiritual se dá gradualmente e de forma quase imperceptível, mas pode ser dinamizado, agilizado pelo importante equipamento que todos possuímos: a vontade. Quem quiser se melhorar muito nesta existência e, conseqüentemente, se subtrair das dores, sofrimentos e decepções, que coloque em movimento a sua vontade e persevere no bem.
Muita paz a todos, Frei Paulus

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