Monday, September 27, 2004

36ª Parábola - A Dracma Perdida

Meus irmãos,
Como afirmamos ao apresentar a parábola desta semana, esta como a da ovelha desgarrada são relativas à parábola do filho pródigo, que veremos em seguida. As três nos apresentam a figura da evolução que nos aguarda a todos, a despeito do desejo que temos de continuar nesta fase de apego em que nos encontramos.
A ovelha se desgarra por conta do seu apetite. Ela se afasta do rebanho porque visa a gramíneas cada vez mais verdes e saborosas. Por conta dos nossos apetites, também nos desgarramos do caminho reto e, de repente, nos vemos cercados pelas sombras, pela dor e nos voltamos para aquele que é o Pastor de nossas almas...
A moeda traz sempre a efígie do rei ou do país que representa. Na condição de moedas, também trazemos a efígie do Pai que nos criou. Temos inscrito em nossa mente e em nosso coração o selo da Providência Divina, que nos criou à sua “imagem e semelhança”.
O Cristo se faz representar pela mulher que busca a dracma perdida: cada um de nós...
Ele acendeu a candeia para nos encontrar: o seu Evangelho de Luz...
E ele varre a casa, quer dizer, somos visitados pela dor e pelo sofrimento, que são verdadeiros remédios para a nossa ignorância, já que, por meio da dificuldade, seja de que ordem for, nos voltamos para as coisas espirituais, para a caridade e para o amor. Por meio dessa varredura, os entulhos que acumulamos em nós mesmos, ao longo das encarnações, são retirados, somos purificados, limpos...
Mas, perguntam alguns, eu sou “bom” (!), caridoso, generoso e só me visitam as dores e as provações, enquanto fulano é “mau”, egoísta e orgulhoso e tudo parece lhe sorrir. O que acontece? Onde a justiça? É, meus irmãos, enquanto alguns se dispõem a colher outros ainda se encontram plantando...
Por fim, somos esclarecidos da alegria no mundo espiritual quando cada um de nós vamos nos auto-iluminando. É que estamos todos de tal forma unidos que, chegados a patamares superiores de moralidade, não seguiremos indiferentes aos que ficam à retaguarda. Voltaremos e ofereceremos a mão aos que vêm enfrentando as mesmas dificuldades que acabamos de superar.
É isso. A luz está aí. A vassoura está nos limpando. Cumpre que estejamos conscientes da parte que nos toca e não percamos a oportunidade que, como já falamos, nunca foi tão evidente...
Muita paz a todos,
Frei Paulus

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